domingo, 17 de maio de 2009

A falta que ama (inspirado no título de Drummond)

A falta que ama surge de repente
A falta que ama é uma serpente
Ela carrega os desejos secretos
Ela aguilhoa
A falta que ama é uma dor oculta, um mistério sempre presente
Ela diz e se cala, ela sabe ser a penas a falta... a falta que ama
A falta que ama se encarrega da minha dor
Ela me afaga os pensamentos
A falta que ama é...
Eu acendo um cigarro e entre meus dedos e em meus lábios fica a falta que ama
Eu abro um sorriso e a falta que ama aparece, milagrosa e sorrateira
A falta que ama é essa dorzinha que escorrega dentro de mim como um milagre, como uma pequena garota marota, como uma linda flor, uma tormenta feita de tormentas
Eu a carrego, a dolorida falta que ama
sim, eu a carrego como se carrega o filhote canguru, na bolsa
Ela é a falta que sinto do isqueiro quando tenho um cigarro entre os lábios
É bem simples...
É tudo simples, eu é que complico o resto
Eu tenho saudades de vocês, uma saudade marota e amiga, uma falta marota dos meus amigos
Eu sou a própria falta que ama
A falta que ama está em mim, como uma dor oculta, como um nada que não se diz
Ela é o que sinto quando tudo soa falso diante da falta que ama
A falta que ama é essa saudade sempre presente e fim.

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